ATIVISMO CONTRA VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO CIBERESPAÇO
Resumo
Este artigo tem como propósito apresentar parte da pesquisa de caráter etnográfico desenvolvida no projeto da Iniciação Cientifica do Programa de Mestrado em Letras da Universidade Vale do Rio Verde-UninCor. Na pesquisa realizada, examinou-se relatos de violência de gênero, produzidos por mulheres no carnaval de 2017 e que circularam na Internet. O corpus da pesquisa foi composto por denúncias feitas por mulheres no Facebook entre os dias 18 de fevereiro e 05 de março de 2017. Neste estudo, o trabalho em análise focalizou o post de uma jovem, que relata um ato de violência e assedio sofrido por ela em um bloco de carnaval em São Paulo. Na análise, observou-se como a internauta, ao denunciar o ato de violência na rede e ao responder aos comentários de sua publicação, constrói-se como uma mulher vítima, mas empoderada, atuante no ativismo contra a violência de gênero na rede. Os dados contrariam a ideia de que a violência contra mulher deve ficar restrita ao foro privado, não aparecendo em um debate público e político. Tomamos a tecnologia como prática de ação sociopolítica (Moita Lopes, 2010), por meio da qual sub-políticas aparecem como linhas de fuga da política tradicional, fazendo circular alternativas às práticas e ideias fundamentalistas
Palavras-chave
Violência contra mulher. Ciberativismo. Web 2.0. Ativismo de gênero.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v16i1.4920
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ISSN: 1517-0276
EISSN: 2236-5362