Condições de inserção de pessoas egressas da Educação de Jovens e Adultos na Educação Superior:

Resumo

Neste artigo, relatamos o caso da UFMG em um estudo de Pós-Doutorado que buscou investigar quantos universitários da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ingressaram na UFMG e na Universidade do Minho, Portugal, nos últimos 15 anos. Além disso, quais desafios essas pessoas vivenciaram ao cursar disciplinas obrigatórias e os impactos que as atividades de extensão vivenciadas por elas, enquanto estudavam na EJA, tiveram na continuidade dos estudos. A saber, as condições de inserção, permanência e conclusão dos concluintes da EJA na Educação Superior da UFMG/BR e UMinho/PT, com esse recorte temporal. Porém, conforme evidenciado no título, aqui trataremos apenas do caso da UFMG, pois o volume de dados coletados é bastante significativo, ainda que complicações decorrentes da pandemia de covid-19 tenham atrasado o processo de coleta. A abordagem metodológica incluiu contato com órgãos administrativos, busca documental, preenchimento de questionários, entrevistas individuais e Grupos de Discussão. Foram ouvidas 17 mulheres e 9 homens e trazemos aqui contribuições de 5 mulheres e 3 homens. Conversas longas: uma hora individual e outra de uma a duas horas no Grupo de Discussão. Em outros artigos, pretendemos trazer as demais linhas. São muito potentes e, por isso, não poderíamos trazê-los em grande número, mas com reflexão superficial. Concluindo, podemos dizer que o reconhecimento da EJA vem sendo construído há séculos e ainda não conseguimos realizá-lo efetivamente. Afirmamos em conclusão também que na UFMG esse direito não foi garantido.