FRAGILIDADE E FATORES ASSOCIADOS EM PESSOAS IDOSAS QUILOMBOLAS
Resumo
O processo de envelhecimento acontece de maneira natural e progressiva, o qual leva a uma sequência de alterações mentais e físicas que podem gerar uma significativa diminuição da capacidade funcional dos indivíduos, principalmente nas comunidades quilombolas, as quais são as mais afetadas pela fragilidade devido à falta de assistência em saúde. Nesta perspectiva, o estudo tem por objetivo analisar a fragilidade e fatores associados em pessoas idosas quilombolas. Trata-se de uma pesquisa transversal do tipo exploratório, com abordagem quantitativa, realizada em comunidades remanescentes quilombolas, situadas no interior da Bahia. Os participantes do estudo foram 62 pessoas idosas residentes nas quatro comunidades quilombolas do interior da Bahia selecionadas para o estudo. Os instrumentos de pesquisa foram: (1) Mini Exame do Estado Mental; (2) Questionário sociodemográfico e de saúde; e (3) Escala de Fragilidade de Edmonton. Com a aplicação do teste do Qui-quadrado (x2) evidenciou-se como fator de risco para a ocorrência de vulnerabilidade as variáveis do estudo: com companheiro (OR=1,053, p-valor=0,000), trabalho não braçal (OR=1,263, p-valor=0,000), em atividade profissional (OR=1,263, p-valor= 0,000), classificado como dependente nas ABVD (OR=1,555, p-valor= 0,001) e classificados como dependente nas AIVD (OR= 4,211, p-valor= 0,001). Em síntese, o estudo examinou os fatores relacionados à fragilidade em idosos quilombolas, destacando a influência da idade acima de 70 anos, sexo feminino, estado civil com companheiro, aposentadoria, baixa escolaridade e presença de doenças crônicas, especialmente quando associadas. O trabalho braçal foi identificado como uma forma de trabalho significativa.
Palavras-chave
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v23i3.6946
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ISSN: 1517-0276
EISSN: 2236-5362