Uma leitura novo-historicista de “Memórias de um doente dos nervos” de Daniel Paul Schreber (1860-1904)
doi: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrv.2013.111.387394

Claudio Herbert NINA e SILVA, Lenny Francis Campos de ALVARENGA, Lairany Vieira BEIRIGO

Resumo


O livro “Memórias de um Doente dos Nervos”, publicado em 1903 pelo juiz de direito alemão Daniel Paul Schreber (1860-1904) é considerado muito importante na história da psicanálise. O conceito freudiano de psicose foi ilustrado a partir da análise do discurso delirante de Schreber. Contudo, a análise original de Freud tem sido criticada por ter desconsiderado a historicidade da construção da subjetividade delirante de Schreber. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi produzir uma interpretação novo-historicista do livro “Memórias de um Doente dos Nervos”. Para tanto, foi feita uma análise da influência do contexto alemão geral sobre o pensamento de Schreber por meio da comparação de trechos de seu discurso com descrições da vida sócio-política alemã feitas por seus contemporâneos e por historiadores atuais e a fragmentos de obras literárias representativas do pensamento cultural alemão do período em que Schreber viveu. Os resultados evidenciaram intensa semelhança entre o conteúdo do discurso delirante de Schreber e o sistema de crenças vigente na política e na arte alemãs do final do século XIX. Em virtude disso, conclui-se que há a necessidade da realização de novos estudos que aprofundem a relação entre o contexto sócio-cultural alemão do final do século XIX e as idéias de Schreber.

Palavras-chave


psicanálise; psicose; novo-historicismo; cultura alemã; Caso Schreber

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DOI: http://dx.doi.org/10.5892/923

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ISSN: 1517-0276

EISSN: 2236-5362