TRATAMENTO BIOLÓGICO DE ÁGUAS RESIDUAIS: fossa séptica biodigestora como alternativa ao tratamento de esgoto doméstico

Carla Aparecida Oliveira Costa, Raquel Sampaio Jacob

Resumo


O saneamento surgiu desde tempos remotos da civilização, mas poucos avanços foram realizados ao longo dos anos. Metade da população brasileira não tem esgoto coletado e cerca de 35 milhões de pessoas não possuem acesso à água tratada. No meio rural cerca de 29,9 milhões de pessoas, 34,5% dos domicílios, estão ligados às redes de abastecimento de água com ou sem canalização interna. No restante dos domicílios rurais (65,5%), a população capta água de chafarizes e poços, protegidos ou não, diretamente de cursos de água sem nenhum tratamento. O objetivo do trabalho é propor uma alternativa ao tratamento de águas residuais no meio rural através da instalação da fossa séptica biodigestora. A metodologia consiste na instalação de 3 caixas de 1000 L cada, conectadas entre si e enterradas para controle da temperatura. A primeira caixa é ligada ao vaso sanitário onde ocorre a degradação dos efluentes domésticos, removendo até 70% das bactérias, o restante na segunda caixa, e a terceira é isenta de contaminação, possibilitando o reuso, que é o biofertilizante. Além dos benefícios à saúde e ao meio ambiente, a fossa biodigestora proporciona fonte de renda para a população sendo de baixo custo para implantação.

Palavras-chave


Biofertilizante. Biodigestor. Saneamento. Tratamento de esgoto.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5892/st.v2i2.5104

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