A LOGÍSTICA REVERSA DE MEDICAMENTOS VENCIDOS NAS FARMÁCIAS DA REGIÃO DO CENTRO DE BELO HORIZONTE
Resumo
O Brasil é considerado um dos maiores consumidores de medicamentos no mundo. Pesquisas apontam que os restos de medicamentos encontrados nos domicílios são destinados de forma incorreta. Medicamentos e seus metabolitos chegam à natureza nas mais diversas formas, tais como liberação através das descargas domiciliares, resíduos industriais e hospitalares. A legislação enquadra os medicamentos como substâncias Químicas que podem oferecer riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é papel da cadeia produtiva, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos, seus resíduos e suas embalagens serem sujeitos à logística reversa, mas a lei não contempla resíduos de medicamentos domiciliares e nem aborda a responsabilidade compartilhada de cada entidade da cadeia farmacêutica. Este estudo objetiva descrever a estrutura e os processos de logística reversa de medicamentos nas farmácias de Belo Horizonte. Foram selecionadas cinco drogarias no centro de Belo Horizonte, que pertencem a grandes redes do varejo farmacêutico do Brasil. Os resultados mostraram que o descarte consciente de medicamentos é de baixa abrangência no município e que a logísticas reversa é praticada em poucas drogarias. Além disso, foi observado que na maioria das farmácias existe deficiência em equipamentos para o descarte seguro de medicamentos, além de informações sobre o descarte consciente para o consumidor. Diante do exposto, conclui-se uma necessidade imediata, por parte das redes de farmácias em adotar campanhas de descarte adequado, além de iniciativas governamentais e sociedades privadas para integrar na gestão de resíduos sólidos.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5892/st.v2i2.5211
Apontamentos
- Não há apontamentos.
ISSN 2526-690X