A EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA E A DISPONIBILIDADE HÍDRICA NO RIO SÃO FRANCISCO EM TEMPOS DE SECAS SEVERAS

Filipi Libório Narcizo, Heloisa Teixeira Firmo

Resumo


O agronegócio é hoje responsável por 25% do PIB nacional (BOLFE et al., 2017) e as perspectivas são altas, especialmente quando se trata de plantações de soja e milho. O Brasil desempenha um papel de liderança, como o segundo maior produtor mundial de soja. Nesse contexto, insere-se a mais nova fronteira agrícola do país, localizada em área de cerrado dos estados do Maranhão (MA), Tocantins (TO), Piauí (PI) e Bahia (BA), denominada MATOPIBA. A região já é responsável por parte significativa da produção nacional de grãos e está em uma fase de crescimento acelerado, associada principalmente ao uso de modernas tecnologias de produção, buscando aumento de produtividade. No entanto, é fundamental analisar os impactos ambientais decorrentes dessa expansão acelerada. Entre as diversas consequências da conversão do uso da terra nesta região, destacam-se a redução dos fluxos e do volume de água no lago de Sobradinho, uma usina hidrelétrica localizada no vale do rio São Francisco, Bahia, a jusante do MATOPIBA. O objetivo deste trabalho é relacionar qualitativamente a expansão agrícola e irrigação na região oeste da Bahia com a redução de vazões no lago de Sobradinho, bem como discutir as possíveis consequências desse uso consuntivo de água na bacia do rio São Francisco em tempos de eventos extremos de seca. Conclui-se a importância de estudos para entender melhor a dinâmica de expansão dessas culturas e subsidiar ações de controle, bem como a gestão hídrica e do solo, uma vez que o manejo integrado é fundamental para o meio ambiente.

Palavras-chave


Expansão agrícola. Escassez hídrica. Irrigação. Lago de Sobradinho. Rio São Francisco.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5892/st.v0i0.5215

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ISSN 2526-690X