MACHADO DE ASSIS E O FANTÁSTICO: UMA LEITURA DE “A VIDA ETERNA”

Diogo Nonato Reis PEREIRA

Resumo


Este artigo propõe a análise do conto “A vida eterna”, publicado por Machado de Assis, em janeiro de 1870, no Jornal das Famílias. A seleção deste conto foi baseada na distinção feita por Marcelo J. Fernandes quanto à finalização oferecida por Machado às suas narrativas do gênero fantástico. Visto que os textos pertencentes ao fantástico trazem a hesitação do leitor diante do sobrenatural, Machado de Assis se destaca por estruturar suas histórias diferentemente do fantástico tradicional do século XIX. O autor brasileiro traz como possíveis saídas ao sobrenatural o onírico, a imaginação ou a loucura, diluindo, assim, o gênero. No caso de “A vida eterna”, a opção machadiana é mitigar o fantástico por meio do sonho. Outra particularidade do conto está relacionada a seu suporte, pois, como colaborador de um periódico voltado para o público feminino, Machado de Assis aborda em seus textos temas relacionados ao casamento e ao amor irrealizado.

Palavras-chave: Machado de Assis, conto fantástico, “A vida eterna”, onírico.


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ISSN  1807-9717


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