SILVIANO SANTIAGO E A ESCRITA PÓS-MODERNA

Gabriel Jodas (UFU)

Resumo


Este trabalho busca analisar a escrita de Silviano Santiago em relação à produção memorialística contida na autobiografia ficcional O falso mentiroso: memórias (2004), a partir da noção de mal de arquivo, utilizada por Jacques Derrida para a análise da produção de arquivos enquanto lugar de memória.  Levamos em consideração que o projeto literário ao qual o autor procura responder insere, no panorama pós-moderno, uma escritura capaz de romper com noções estabelecidas para determinado gênero literário. A diluição de fronteiras e caminhos seguros consegue demonstrar como a escrita ficcional, ou por vezes teórica, não pode ser constituída de forma ordenada, ou seja, sem contaminações da produção simbólica e cultural (subjetiva) daquele que redige. A distância, em relação aquilo que comumente apreendemos como escrita autobiográfica, será demonstrada a partir da diferença entre O falso mentiroso como texto memorialístico e aquilo que Phillip Lejeune considera como texto autobiográfico. 


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ISSN  1807-9717


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