JOGOS DE ESPELHOS: A INVENÇÃO PÚBLICA DA MEMÓRIA FEMININA EM MEMÓRIAS DE MARTA, DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Resumo
Pretende-se abordar os distintos usos da memória no romance Memórias de Marta, da escritora carioca Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), a fim de precisar suas rupturas com o discurso dominante e misógino do final do século XIX. Examina-se, de início, a noção de “memória feminina” e seus propósitos, tomando por base as elucidações indiciadas pela própria autora em seu romance, publicado originalmente em folhetins na Tribuna Liberal do Rio de Janeiro. Imediatamente, descreve-se a trama de noções metafóricas (a claustrofobia e a agorafobia) que se encontram enredadas no conceito de “gênero”, buscando demonstrar a inventividade analítica dessa autora para a literatura brasileira, problematizada a partir do paradoxo existente entre público e privado. Por fim, estabelece-se algumas ilustrações capazes de relacionar o método desenvolvido pela autora com os estudos históricos e literários.
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ISSN 1807-9717
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