LABIRINTOS MULTIPLICADOS, VIAGENS (IM)POSSÍVEIS: UMA LEITURA DO ROMANCE O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS, DE JOSÉ SARAMAGO
Resumo
A este artigo interessou a análise de alguns dos diversos labirintos evocados a partir da leitura do romance O ano da morte de Ricardo Reise a (im)possibilidade de travessia desses labirintos por Ricardo Reis. A partir da subversão do discurso histórico empreendida por José Saramago em seus romances, procuramos observar os motivos pelos quais Ricardo Reis, enquanto seu personagem, não é deslocado da sua condição de observador do mundo, apesar do constante contato com figuras que permitem essa mudança de postura. Usando como base teórica pensadores da Nova História e pesquisadores da obra de Saramago, concluímos que, neste romance, o que se empreende é uma possibilidade de travessia que não se completa efetivamente porque não pode, uma vez que Ricardo Reis opta, ainda que inconscientemente, pela ilusão de ordem do mundo e não pela sua transformação.
Palavras-chave
O ano da morte de Ricardo Reis; José Saramago; Labirinto; Literatura Portuguesa; História
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ISSN 1807-9717
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