RETRATOS DE UMA SOCIEDADE RESIGNADA: IMAGENS DO ESPAÇO AMAZÔNICO EM SERINGAL, DE MIGUEL JERONYMO FERRANTE

Adriana de Sá Marques (UNIR), Suelen da Costa Silva (UNIR)

Resumo


 No romance Seringal (2007) de Miguel Jeronymo Ferrante há exequíveis representações dos fatores sociais no contexto do Ciclo da Borracha no início do século XX , atuantes de forma significativa a fim de engendrar a organização da obra, os quais retratam a imanência do espaço amazônico em representatividade de um povo subjugado.  A análise deste artigo busca verificar como o social converte-se no elemento estético, por meio do encadeamento entre o espaço e as personagens, e como a estrutura possibilita o entendimento dessa aplicabilidade na obra. Destarte, o estudo norteia-se pela Crítica Sociológica que considera indissociável a relação do externo com o interno na  economia do livro. A metodologia aplicada será a analítica crítica por meio da leitura de Seringal em consonância às teorias acerca da questão apresentada.  Fundamenta-se precipuamente nas concepções de Antonio Candido (1998); (2006) e George Lukács  (2009).


Palavras-chave


Literatura; Sociedade; Espaço Amazônico; Seringal

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ISSN  1807-9717


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