MEMÓRIAS DE TRÊS CORAÇÕES NAS CRÔNICAS DE VICTOR CUNHA

Maria Beatris do Nascimento Junqueira (UNINCOR)

Resumo


Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise das representações da cidade de Três Corações/MG e da memória cultural tricordiana presentes no volume Crônicas de Victor Cunha. Em nosso estudo procuramos observar como o autor busca resgatar a memória do cotidiano de Três Corações por meio de sua percepção do passado e do presente da cidade, reconstituindo os seus textos a partir das memórias individual, coletiva e institucional da cidade. Escolhemos as crônicas “Os circos e os parques de diversões” e “Três Corações e a música”. Para tanto são utilizados como referenciais teóricos Jorge de Sá (1992), Antonio Candido (1992), Flora Bender e Ilka Laurito (1993) para as reflexões acerca da crônica. No que concerne às reflexões sobre memória, os teóricos elencados são Maurice Halbwachs (2003), Ecléa Bosi (1994) e Paolo Rossi (2010).  A crônica conserva a marca de registro circunstancial, feito por uma espécie de narrador-repórter. Victor Cunha, ao atuar em várias instituições culturais tricordianas, se exercitar em diferentes linguagens (crônica, música, memorialismo, radialismo) e militar pela cultura local, em seus trabalhos, preocupa-se em deixar registrada a memória da cidade de Três Corações a fim de apresentá-la aos tricordianos.

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Referências


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ISSN  1807-9717


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