HETEROGENEIDADE DISCURSIVA E REPRESENTAÇÃO DO BRASIL
Resumo
Este artigo tem como objetivos observar os modos de Ver/Dizer um acontecimento discursivo, assumindo a hipótese de que tais modos podem refletir o imaginário instituído em uma dada sociedade e compreender como as marcas de heterogeneidade mostrada contribuem para os processos de construção de sentidos na representação do Brasil. Como mediadora entre os leitores e a realidade, a mídia constitui-se em agente de formação do imaginário social, na produção de sentido e na organização das experiências. Objetivando compreender esse processo de potencialização dos sentidos, consideramos o modo de discursivização de um acontecimento político-social, constituindo como corpus de nosso trabalho algumas produções que circularam na mídia impressa em período determinado, atentando para a compreensão de um possível diálogo constitutivo entre essas produções e um imaginário colonialista. Para isto, analisamos as marcas de heterogeneidade discursiva mostrada, tal como proposta por Jacqueline Authier-Revuz, em textos jornalísticos publicados nas Revistas Veja e Caros Amigos. Com esse procedimento, visamos a compreender como, no conjunto, tais marcas imprimem orientações argumentativas conforme a proposta enunciativa dos sujeitos locutores. Objetivamos, ainda, compreender como tais marcas de heterogeneidade contribuem para os processos de construção de sentidos na representação do Brasil.
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ISSN 1807-9717
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