MATRIOSKA NO VARAL: UMA LEITURA DE “A PARTE DO AMALFITANO”, DE ROBERTO BOLAÑO.

Raphaella Mendes Silva de Castro LIRA

Resumo


A obra póstuma 2666, do escritor chileno Roberto Bolaño, se oferece como um labirinto de múltiplas possibilidades, onde não há entrada ou saída.  Em um emaranhado de fios onde o estilo seco e objetivo do autor colocará em evidência como o real serve de escopo para o ficcional e como, por conseguinte, o transborda e ultrapassa. Desde Platão e Aristóteles, a arte, em especial a literatura, sempre foi caracterizada por seu jogo assumidamente enganoso com o real, sempre coube a ela a tarefa de inventar, falsear ou apenas aumentar as referências que permeavam o mundo. O presente trabalho tem como objetivo, a partir de um recorte tomado de um dos livros que integram 2666, mais especificamente denominado “A parte do Amalfitano”, observar a maneira como se delineiam os pactos representativos da (pós)modernidade. Logo, para que possamos tentar decifrar o que  Bolaño nos legou, através dos olhos de seu narrador-esfinge, Amalfitano, é necessário que adentremos o labirinto da obra, observando cuidadosamente o que se encontra nas entrelinhas de cada descrição, de cada acontecimento narrado, de modo a, enfim, tentar responder à questão: existe alguma diferença substancial em como retratávamos a realidade antes e na maneira como a retratamos agora? 


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ISSN  1807-9717


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