DISCURSOS, REPRESENTAÇÕES E MEMÓRIA(S)
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o movimento das representações sociais nos modos de enunciar de um grupo de educadores, sobre a profissão docente nos contextos Brasil e Portugal. Para alcançar esse objetivo, proponho, sob uma perspectiva linguística, enunciativa e discursiva pautada em abordagens de Authier-Revuz (1999), Mondada; Dubois (2003), Charaudeau, Maingueneau (2004), Bronckart (1999) e Foucault (1986), uma interface com as contribuições dos estudos da Psicologia Social, com base em Moscovici (1978), Jodelet (2001) e Marková (2006), dentre outros, para examinar regularidades e diferenças nas dimensões das representações, construídas a partir dos discursos dos diferentes segmentos e países envolvidos na pesquisa. De natureza explicativa e interpretativa, abordagem qualitativa e de base etnográfica, este estudo nos fez perceber como os discursos podem revelar representações, pautadas nas ações coletivas e individuais, constitutivas do processo de construção da figura do profissional do ensino. Os exemplos discutidos revelam que os modos de dizer, dos grupos no Brasil e em Portugal, projetam imagens e sentidos ancorados numa memória, e estes se refletem em modelos elaborados e partilhados de professores, hoje, (re)significando os papéis, os posicionamentos e as representações com relação ao ser e ao fazer docente.
PALAVRAS-CHAVE: Linguagem; Representações; Análise do Discurso; Professor.
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ISSN: 1807-8591
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