O signo visual e a metáfora multimodal

Neiva Maria Machado Soares (UEA)

Resumo


RESUMO: Estudos antes direcionados apenas ao viés do signo escrito, ampliam-se e direcionam-se para os visuais, conforme proposto pela Gramática do Design Visual (GDV) de Kress e van Leeuwen ([1996], 2006). Este trabalho surgiu no fulcro da citação de Kress “todos os signos são uma metáfora” (2010, p.30). Como estamos tratando de signos visuais, entendemos que eles também podem representar metáforas. Tal fato se alia à citação de Lakoff e Johnson (2002, p.45), ao afirmarem “a metáfora está infiltrada na vida cotidiana”.  Convergindo tais acepções epistemológicas, analisamos imagens do ambiente on-line que traduzem diferentes formas de contemplar o mundo. Constatamos que na sociedade fluida (BAUMAN, 2007, 2011) as metáforas passam a ter um efeito ideológico na forma como a vida e os comportamentos podem ser conduzidos, aceitos ou reforçados. Thompson considera que as metáforas constituem meios de operação da ideologia pela dissimulação (2009, p.81) porque muito do que se diz apresenta-se obscurecido, ocultado ou negado. As imagens analisadas requerem do leitor muitas vezes uma dose maior de conhecimento do mundo e da linguagem que vai além do aspecto objetivo e literal.


Palavras-chave


Multimodalidade; metáforas visuais; modernidade, dissimulação.

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ISSN: 1807-8591

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