A DESCOLEÇÃO NOS POEMAS POSTAIS DE ARNALDO ANTUNES
Resumo
O presente artigo discute como a seção “cartões postais” do livro de poesia n. d. a (2010), de Arnaldo Antunes, pode ser conjugada com a noção de descoleção, de Canclini (1997). Para isso, serão analisados três poemas dessa seção, tomando como ponto de partida as questões sobre os signos verbais e não verbais nos espaços da cidade fotografados pelo poeta, bem como o efeito estético operado pelos processos de escolha e enquadramento do poeta-fotógrafo. Tais poemas subvertem o gênero cartão postal, seja pelas insuspeitas relações entre palavra e imagem na cidade flagradas pela lente da câmera, seja pela falta de nitidez ou de enquadramento dos objetos fotografados, ou mesmo pela publicação no suporte livro. A proposição de uma poesia no limite da fotografia e do cartão postal postula uma arte híbrida, sugerindo questionamentos sobre o cruzamento interartístico.
Palavras-chave
poesia; cartões postais; descoleção; hibridação; Arnaldo Antunes
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ISSN: 1807-8591
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