“Rita”, de Chico Buarque (e outras histórias femininas de devastação)

Cilene Margarete Pereira (UNINCOR)

Resumo


A partir de um estudo de letras de sambas, Manoel Berlinck (1976) observa a predominância de três tipos de mulher, as quais ele chamou de “doméstica”, “onírica” e “piranha”, entendendo esta última como um agente de desorganização do mundo masculino e familiar. Este tipo feminino, que desestrutura e arrasa a vida masculina, se destaca como tema e preferência em canções em que figuram mulheres, entendidas, aqui, como construções ficcionais de seus compositores, ainda que se assentem no mundo real. Neste artigo, atenho-me na mulher construída por Chico Buarque em “Rita”, de 1965, samba gravado no primeiro álbum do compositor, Chico Buarque de Hollanda. Em “Rita”, Chico não só constrói uma figura feminina ambígua, como a faz por meio de um eu lírico construtor de discursos sobre o feminino, capaz de contar uma história de amor, deixando lacunas importantes, evidenciando que já,

Palavras-chave


Chico Buarque, personagem feminina, malandro.

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ISSN: 1807-8591

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