O TEMPO EM "DEZ SONETOS DA CIRCUNSTÂNCIA" DE ANTONIO CARLOS SECCHIN

Rodrigo Carvalho da Silveira (IFRJ)

Resumo


A poética desconfiada de Antonio Carlos Secchin evidencia um eu astuto diante dos aprisionamentos normativos de estéticas literárias, de um manual de regras pré-escritas, que julgam um poema pela adequação aos preceitos, e não por uma qualidade ou criatividade diante do material e da construção dos versos. Secchin se liberta de preceitos previamente estabelecidos, questionando ironicamente através de um movimento de aproximação-afastamento das escolas literárias e dos conceitos de construção poética. Estas duas formas de questionamento formam medularmente o capítulo de Todos os ventos: “Dez sonetos da circunstância”. Em “Dez sonetos da circunstância”, Secchin discute os conceitos crítico-literários que envolvem os poemas de circunstância. O poeta envolve os sonetos com uma carga temporal extremamente forte, porém desmonta biografia e momento criando poemas que relativizam e questionam o tempo, ao trazer questões universais. Versos que vestem a roupa de subjetivos tornam-se gerais ao tratarem de temas humanos vivenciados por cada um de nós. Secchin utiliza-se também de uma forma clássica, os sonetos, para atemporalizar poemas aparentemente ligados a um momento específico da vida do autor.

 


Palavras-chave


Tempo; Ironia

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ISSN: 1807-8591

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