NOVA CAMBUQUIRA: A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE DE RESISTÊNCIA À EXPLORAÇÃO DAS ÁGUAS NO SUL DE MINAS GERAIS

Katlen Milanez Ribeiro, Júnia Marina Sousa Freitas, Valderí de Castro Alcântara, Alyce Cardoso Campos

Resumo


A partir do entendimento de que os discursos são modos de construção de identidades buscamos descrever a construção de uma identidade de resistência à exploração das águas no Sul de Minas Gerais, a saber, a organização da sociedade civil Nova Cambuquira. A pesquisa é descritiva e qualitativa. Os dados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica e documental, observação participante e entrevista. A análise foi realizada por meio do significado identificacional do discurso. A Nova Cambuquira foi criada em 2001 e surgiu em um momento em que se combatia os processos de privatização das águas minerais, especialmente, a partir do caso de São Lourenço envolvendo a multinacional Nestlé. Com a pesquisa identificamos que a Nova Cambuquira se constituiu prioritariamente de uma identidade de resistência. No entanto, uma identidade de resistência também se torna uma identidade de “projeto” como foi o caso da organização. Isso fica claro quando a atuação ONG Nova Cambuquira, atualmente, vai muito além de resistir aos editais de exploração das águas minerais e desenvolve práticas de responsabilidade socioambiental, de controle social, de desenvolvimento sustentável e segurança hídrica. Por fim, nos processos de identificação existe um “outro” externo que molda os contornos da Nova Cambuquira: a CODEMGE, as empresas engarrafadoras e qualquer ator social (público, privado ou da sociedade civil) que considera as águas minerais como apenas uma mercadoria.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v20i2.6259

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ISSN: 1517-0276

EISSN: 2236-5362