Reflexões para o psicoterapeuta diante do enlutado pelo suicídio
Resumo
O luto por suicídio possui especificidades que levam os enlutados a buscar, muitas vezes, um suporte psicoterapêutico. O manejo destes enlutados exige do psicoterapeuta um olhar atento às suas demandas. Objetiva-se Refletir a especificidades do luto por suicídio e caracterizar os principais cuidados e intervenções psicoterapêuticas para os enlutados à luz da gestalt-terapia. Trata-se uma análise qualitativa, pelo método descritivo exploratório, a partir de um estudo de revisão narrativa, não sistemático, de estudos entre 2013 a 2019. A cada morte intencional autoinfligida, há um considerável contingente de comportamentos suicidas que podem ser considerados desde a ideação, até o planejamento e a tentativa de suicídio. Fatores de diversas naturezas estão associados ao risco de suicídio. Embora o luto seja um processo, ele é vivido na sua singularidade, assim como foi singular o laço afetivo do enlutado com a pessoa que se foi. Com o intuito de minimizar danos e o próprio suicídio dos sobreviventes, recomenda-se a posvenção para auxiliar no enfrentamento em relação aos efeitos traumáticos da morte e elaboração do luto. O gestalt-terapeuta auxilia o sobrevivente a ressignificar sua vida e ampliar o leque de atuação para escolhas mais saudáveis e funcionais. Portanto conclui-se que é imprescindível que o luto por suicídio seja mais bem abordado pelo meio acadêmico, com destaque aos psicólogos. O reconhecimento das variáveis de risco de suicídio é fundamental para o estabelecimento de estratégias para tratá-lo e reduzi-lo, promovendo saúde, prevenção e qualidade de vida à população.
Palavras-chave: Suicídio. Luto. Sobreviventes. Posvenção. Gestalt-terapia.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v20i2.6301
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Indexado em:
ISSN: 1517-0276
EISSN: 2236-5362