CUSTO HUMANO DO TRABALHO (CHT) DOS ASSISTENTES TÉCNICOS RURAIS DO TRIÂNGULO MINEIRO

Resumo

O agronegócio, para além das questões da produção de alimentos e atender a demanda mundial, é a principal fonte de saldo positivo da balança comercial. Ao investigar o trabalho, nas diversas cadeias produtivas que compõem o agronegócio brasileiro, destaca-se a importância da abordagem teórico-metodológica com que esse objeto foi analisado, trata-se da Ergonomia da Atividade. A presente pesquisa teve como objetivo compreender o custo humano do trabalho de assistentes técnicos rurais, do Triângulo Mineiro, bem como a percepção dos gestores em relação a este custo humano do trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva. A coleta de dados ocorreu em dez organizações que compõem as diversas cadeias produtivas do agronegócio, localizadas na região do Triângulo Mineiro.  Destas, foram abordados dez Assistentes Técnicos e nove gestores, por meio de entrevistas semiestruturadas, observação, conversas informais e análise de documentos. Adotou a Classificação Hierárquica Descendente e a análise de similitude como métodos de tratamento dos dados, fornecidas pelo software IRAMUTEQ. Verificou-se que as atividades operacionais demandam de seus ocupantes um significativo CHT. A demanda cognitiva é saliente, voltados principalmente em relação a meios em atender as exigências das organizações, principalmente envolvendo a concentração e atenção aos diferentes detalhes das tarefas desenvolvidas; necessidade de atualização constante; cobrança em realizar atividades administrativas burocráticas; exigência de metas de vendas, etc. Alia-se a esta as exigências físicas e afetivas.  Concluiu-se que os impactos do CHT sobre os Assistentes Técnicos Rurais - ASTER são inquietantes.