INSEGURANÇA ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DURANTE A PANDEMIA: ESTUDO TRANSVERSAL EM JOAÇABA, SC
Resumo
A pandemia de COVID-19 exacerbou desafios preexistentes relacionados à insegurança alimentar (IA), afetando a nutrição e bem-estar de crianças e adolescentes mundialmente. Objetivo: Analisar a IA e o estado nutricional dos escolares do ensino infantil e fundamental Municipal de Joaçaba, SC, em 2021. Método: Estudo transversal que incluiu informações dos escolares por meio de questionário aplicado aos responsáveis. Para IA utilizou-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Medidas antropométricas foram aferidas nos escolares para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) por idade e sexo. Regressão de Poisson foi utilizada nas análises multivariadas. Resultados: Foram incluídas 425 crianças entre 4 e 17 anos; 34,4% apresentaram IA leve, e 5,0% IA moderada ou grave. A menor renda familiar e desemprego no último ano aumentaram o risco de IA leve. A menor escolaridade dos pais, domicílio com menos moradores, menor renda, desemprego no último ano, afastamento da escola superior a um ano e agravo de saúde da criança foram associados à IA grave. Nas crianças de 4 a 5 anos, 4,7% tinham baixo peso, 23,6% sobrepeso e 11,3% obesidade. Entre crianças com mais de 6 anos, 2,9% tinham baixo peso, 18,2% sobrepeso e 22,0% obesidade. O excesso de peso associou-se ao risco de IA moderada ou grave nos escolares de 6 anos ou mais. Naqueles de 4 a 5 anos, a magreza resultou em maior risco de IA. Conclusão: Quatro em cada dez escolares apresentou algum grau de IA, assim como excesso de peso, com influência de variáveis socioeconômicas.
Palavras-chave
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v23i3.6836
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ISSN: 1517-0276
EISSN: 2236-5362