A MITIGAÇÃO DO FANTÁSTICO POR MACHADO DE ASSIS EM “OS ÓCULOS DE PEDRO ANTÃO” E “SEM OLHOS”

Diogo Nonato Reis Pereira (UNINCOR)

Resumo


Este artigo apresenta análise de dois contos fantásticos de Machado de Assis publicados no Jornal das Famílias, ―Os óculos de Pedro Antão‖ e ―Sem olhos‖. Machado opta, nestes contos, por saídas racionais ao sobrenatural (o uso do espaço onírico, da imaginação ou da loucura) e dilui o gênero ao utilizar-se do humor, da reflexão sobre o fazer literário e da ambiguidade proposital – marca da ficção machadiana –, distinguindo-se do fantástico tradicional do século XIX. Além do deslocamento aos expedientes comuns ao gênero, Machado de Assis recheia suas histórias com cenas de casamento e de amores irrealizados, tópicas comuns à literatura romântica, como uma espécie de adequação ao programa editorial do Jornal das Famílias e a um público formado essencialmente por mulheres. As narrativas fantásticas de Machado, a considerar os contos examinados, revelam sua associação ao gênero ao mesmo tempo em que apresenta contornos particulares, deslocando-se dessa mesma tradição. Palavras-chave: Machado de Assis. Fantástico. ―Os óculos de Pedro Antão‖. ―Sem olhos‖

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.



ISSN  1807-9717


Indexado em:

                                        Capes    Latindex     Pkp     Ibict     Sumarios
     
 
                                                     DOAJ      LivRe           Dialnet
   
                               EBSCO     Funadesp      
                               Harvester