A CONTÍNUA MODERNIDADE NA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL BRASILEIRA
Resumo
As características da modernidade postuladas por Berman (1986), Paz (1972) e Benjamin (1983) – seus anseios contraditórios e paradoxais provocados pela aspiração às metamorfoses do universo físico, social e individual; a experiência de tempo e espaço, contínua, ambígua e aterradora – podem ser observadas claramente no decorrer de três quartos de século de literatura infantil e juvenil brasileira, tanto no que se refere às expectativas sociais e individuais, como também no que diz respeito à própria forma literária, nas obras A Chave do Tamanho, de Monteiro Lobato (1942), narrativa na qual Emília, heroína por vezes opressora e tirânica, aloucada em sua consciência crítica burguesa de boneca-humanizada, tenta acabar com a guerra; Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado (1982), história na qual a protagonista convive com o passado e o futuro à procura de sua identidade e da compreensão do seu mundo, incerto, impreciso e ambíguo, como as diferentes épocas que se misturam na narrativa; e Lampião & Lancelote, de Fernando Vilela (2006), obra que entretece tempos, espaços e culturas, apresentados sob a estrutura de uma mescla de formas plásticas-imagéticas e literárias.
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ISSN 1807-9717
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