POR UMA LITERATURA DE MASSA: LÚCIO FLÁVIO, O PASSAGEIRO DA AGONIA, DE JOSÉ LOUZEIRO
Resumo
Antes do lançamento de Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, romance de 1975, José Louzeiro já havia escrito quatro livros, dentre os quais a novela Acusado de homicídio (1960) e os contos de Judas arrependido (1968), revelando tipos diferentes de literatura, uma de alcance mais popular; outra com uma escrita mais sofisticada. A partir dessa experiência, Louzeiro conclui que o principal compromisso do escritor é com seu público, passando a dar prioridade à escrita de uma literatura aderente a uma maior massa de leitores que, ao contrário dos críticos, não estaria preocupada com inovações formais e sofisticação da linguagem, mas com o entendimento de um enredo. Tendo como ponto de partida a opção de Louzeiro, este artigo propõe apresentar alguns aspectos de Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, discutindo sua relação com a chamada literatura de massa. Para tanto, observamos como se constrói a figura do “herói solitário”, elemento que, em Lúcio Flávio, é problematizado, revelando uma complexidade narrativa que não atenderia, a princípio, à ordem formal da literatura de massa, associando-se, ao contrário, a um gênero bastante complexo e sofisticado, o do “romance de formação”.
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ISSN 1807-9717
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