FACETAS DA CRUELDADE E DA ABJEÇÃO EM UM HOMEM: KLAUS KLUMP, DE GONÇALO M. TAVARES
Resumo
Para este trabalho selecionamos o romance Um homem: Klaus Klump, do escritor português contemporâneo Gonçalo M. Tavares. Nosso foco recairá sobre as questões da crueldade e da abjeção, dois aspectos fortemente presentes neste e em outros textos do ficcionista referido. Neste artigo, veremos que, em Um homem: Klaus Klump, primeiro volume que compõe uma tetralogia denominada pelo próprio autor como “O Reino”, a crueldade nem sempre se manifesta com a “presença de sangue verdadeiro”. Há momentos em que ocorre o que Renato Cordeiro Gomes denomina de o “contrário do paroxismo”, procedimento através do qual o texto é construído apresentando cenas de extrema crueldade, embora estas sejam descritas de maneira mais lacunar, deixando silêncios e vazios textuais, criando, assim, um clima de tensão. A abjeção também será explorada, através da leitura de algumas imagens que aparecem no romance escolhido para análise. Veremos que o abjeto revela os limites do humano e faz-nos questionar nossa própria condição humana.
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ISSN 1807-9717
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