ACONTECIMENTALIZAÇÃO EM LADRÃO E VACILÃO: QUESTÕES SOBRE PODER E DISCURSO
Resumo
Este artigo se insere no arcabouço das discussões teóricas sobre acontecimentalização e enunciado, ao evidenciar que os enunciados materializados em memes virtuais estão prenhes de acontecimentos discursivos; estão, nessa condição, constituídos por uma função enunciativa que lhes permite uma reatualização e um deslocamento de sentidos. Para tanto, filiamo-nos às contribuições teóricas da Análise do Discurso de linha francesa, mais especificamente, com os postulados teóricos de Michel Foucault (2009), para quem a história é descontínua, matizada de rupturas e de uma “superfície de emergência”, da qual irrompe enunciados que reatualizam a memória discursiva e convoca outros sentidos. À luz desse entendimento, procuramos analisar nos memes virtuais, a partir do escalonamento dos enunciados, as singularidades, as rupturas e as ressignificações que encontramos no nosso corpus. Para execução desta pesquisa, de cunho descritivo, com abordagem qualitativa, analisaremos discursivamente três memes, disponíveis no Facebook, referentes ao caso do adolescente, em junho de 2017, supostamente infrator, em cuja testa foi tatuado: eu sou ladrão e vacilão.
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ISSN 1807-9717
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