LITERATURA E HISTÓRIA: O ANTIESCRAVISMO EM MARIA FIRMINA DOS REIS – UMA ANÁLISE DO CONTO “A ESCRAVA”
Resumo
O movimento abolicionista brasileiro foi um longo e lento processo que envolveu diversos agentes e variadas formas de luta, camuflados nos dois únicos artigos da Lei Áurea, promulgada em 13 de maio de 1888: “É declarada extinta desde a data desta lei a escravatura no Brazil” e “Revogam-se as disposições em contrário”. Entre as formas de ação antiescravista, além das muito estudadas defesas em causas de liberdade, militância política no Parlamento e resistência escrava, houve também a difusão do antiescravismo em jornais, revistas e obras literárias, a fim de formar uma opinião pública favorável ao abolicionismo. O conto “A escrava”, de Maria Firmina dos Reis, publicado em 1887 na Revista Maranhense, encaixa-se nessa busca de expor os males da escravidão ao público leitor; refletindo, ao mesmo tempo, o contexto social de derrocada do regime escravista. Dessa maneira, este artigo resulta de uma leitura de “A escrava” em que se observam tanto os aspectos formais de composição do texto quanto o seu conteúdo pró-abolição, relacionando-os ao momento de produção e recepção do conto. Seu objetivo é contribuir para as reflexões acerca da importância da literatura para o fim de um regime que vigorou por mais de três séculos na sociedade brasileira.
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ISSN 1807-9717
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