“ATRAVÉS DO MEU CANTO O MORRO TEM VOZ”: DENÚNCIA E CRÍTICA SOCIAL NO RAP DE FLÁVIO RENEGADO

Joseli Aparecida Fernandes (UNINCOR)

Resumo


O rap é uma manifestação cultural global que ocorre em vários espaços sociais no mundo, sempre associada à realidade de exclusão periférica e sob forte influência da diáspora negra, na medida em que intervém na construção da identidade de jovens negros que estão à margem da sociedade e marcados por formas correlatas (mas não idênticas) de exclusão social, como o racismo, a pobreza e a segregação espacial. Propomos, neste artigo, uma reflexão sobre o discurso de resistência existente no rap do mineiro Flávio Renegado, nascido em Belo Horizonte, no Alto Vera Cruz. Renegado é o grande narrador de sua comunidade, espécie de “griot moderno”, que exerce um papel político fundamental, o de entoar a história das pessoas, ao se utilizar da arte como mecanismo de resistência. Para tanto, iremos analisar duas canções de Renegado, presentes nos álbuns Do Oiapoque a Nova York (2008) e Minha tribo é o mundo (2011). PALAVRAS-CHAVE: rap; resistência; atitude; griot; Flávio Renegado.

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ISSN  1807-9717


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