MULHERES NO BRASIL COLONIAL: METAFICÇÃO, VIOLÊNCIA E SUBALTERNIDADE EM DESMUNDO, DE ANA MIRANDA
Resumo
A obra Desmundo (1996), de Ana Miranda, é marcada por sofrimento, violência e relações de poder que envolvem a igreja. Além disso, a autora mostra um cenário que remonta a história da colonização do Brasil sob o olhar das mulheres. É assim que conhecemos Oribela, personagem principal, e outras tantas personagens femininas da história, que exemplificam o quanto a vida das mulheres está sujeita ao outro e nunca a elas mesmas. O discurso ficcional presente nesta obra permite a desestabilização do discurso da história e o faz por meio de questionamentos e reflexões. A metaficção historiográfica, portanto, é o material teórico no qual podemos nos apoiar para a compreensão dessas questões promovidas pelo discurso ficcional. Por isso, propomos investigar como ocorre a reinterpretação do passado através da paródia, dos intertextos, discursos históricos e vozes femininas subalternas presentes em Desmundo (1996). Para a tessitura deste trabalho, utilizamos como fonte teóricas as perspectivas de Linda Hutcheon (1991), Mary Del Priori (1994), Julia Knapp Baseggio (2015) e Gayatri Spivak (2010).
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ISSN 1807-9717
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