A OBJETIFICAÇÃO DA FIGURA FEMININA NO RAP DE DJONGA: UMA LEITURA DE “1010”

Ícaro de Oliveira Leite (UNINCOR)

Resumo


Nas letras do rapper mineiro Djonga, vemos a preocupação com as mazelas de sua comunidade, o racismo e a exploração dos sujeitos marginalizados, atendendo ao que podemos chamar de cartilha social do rap. Mas ao mesmo tempo que o rapper compõe um discurso de denúncia das explorações sociais, ele objetifica a figura feminina, estabelecendo e aceitando relações de dominação. São várias as representações da mulher em suas letras, algumas de modo paradoxal, sendo configuradas como símbolo do acolhimento e compreensão, quando relacionadas à sacralidade materna, ou como putas, reveladas como objetivos sexuais masculinos ou quando ensaiam sua própria sexualidade. Neste artigo, analisaremos a letra da canção “1010”, do álbum O Menino que Queria ser Deus, refletindo sobre o modo como oprimido se revela também opressor, evidenciando as complexas e diversas relações de dominação. 


Palavras-chave


figuras femininas; rap; Djonga

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Referências


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ISSN  1807-9717


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