O viés político-alegórico no romance sul-rio-grandense: Mês de cães danados, de Moacyr Scliar
Resumo
A literatura do Rio Grande do Sul não foge à polêmica relação entre literatura e política. No sistema literário gaúcho também se questiona se é possível ao escritor isentar-se da política. Ao lado dessa questão, ainda há outra: a politização da literatura não envolve o perigo do seu empobrecimento estético e da sua redução à forma panfletária? Nem todo autor politicamente engajado produz boas obras literárias; por outro lado, autores que não tiveram a pretensão de escrever romances políticos, terminaram por nos legar obras essenciais. Considerando esses pressupostos, este artigo contempla reflexões sobre Mês de cães danados, publicado em 1977, por Moacyr Scliar, no qual o autor lança um olhar mais aguçado para a moderna história política brasileira, mais especificamente para a questão da dessacralização da tradição do passado sulino, por meio do episódio da Legalidade – movimento liderado pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, em favor da posse legítima de João Goulart, após a renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961.
PALAVRAS-CHAVE: Alegoria; romance; Mês dos cães danados.
PALAVRAS-CHAVE: Alegoria; romance; Mês dos cães danados.
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ISSN: 1807-8591
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