A REPRESENTAÇÃO DO POVO EM MARCO ZERO, DE OSWALD DE ANDRADE
Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar como se dá a representação literária do povo no romance Marco Zero, de Oswald de Andrade, publicado em dois volumes, em 1943 e 1945. Para tanto, analiso inicialmente algumas afirmações do escritor paulistano que já evidenciam as ambiguidades e contradições da sua relação com o povo. Como chão necessário à análise efetiva do romance, discuto como se dá essa relação especificamente na fase comunista de Oswald (1931-1945), por meio da verificação da sua nova postura de intelectual militante, participante nos problemas do país. Procuro entender, ainda, os significados envolvidos na concepção de Marco Zero no que tange à relação entre o intelectual e o povo, criticando as ideias de vanguarda (estética e política) e de intelectual universal. Defino Marco Zero como um discurso acerca do povo e questiono o significado dessa constatação em termos de representação literária e política. Finalmente, problematizo, em algumas passagens do romance, a figuração do povo realizada por Oswald de Andrade.
Palavras-chave
Marco Zero; Oswald de Andrade; Representação do povo; Vanguarda.
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ISSN: 1807-8591
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