O MICRÓBIO DO SAMBA: ANOTAÇÕES SOBRE UMA SAMBISTA GAÚCHA

Cilene Margarete Pereira (UNINCOR)

Resumo


Em 2011, Adriana Calcanhotto lançou um disco inteiramente composto de sambas. O nome do álbum, Micróbio do samba, fazia referência a uma fala de Lupicínio Rodrigues, ao explicar que o samba era uma espécie de doença contagiosa que o contaminara desde menino. Concordando com o conterrâneo, Adriana se assumia também contagiada pelo mesmo micróbio. A metáfora pode ser explicada quando se observa a trajetória da compositora gaúcha, que sempre flertou com samba em sua carreira, seja por meio da gravação de composições alheias, seja por meio de sambas de sua própria autoria, dos quais destaco “Motivos”, espécie de samba-programa. Partindo desse contexto, esse artigo objetiva refletir sobre dois sambas de Adriana Calcanhotto presentes em Micróbio do samba, a partir de dois temas principais: (1) a mulher “enganada”; (2) a regeneração masculina. Estes temas são representados, respectivamente, pelos sambas “Mais perfumado” e “Vem ver”, parceria de Adriana Calcanhotto com Dadi.


Palavras-chave


Adriana Calcanhotto; samba; malandro; mulher “enganada”; regeneração masculina.

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ISSN: 1807-8591

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