REGIMES DE INTERAÇÃO EM VERMELHO AMARGO, DE BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS: UMA ABORDAGEM SEMIÓTICA

Luiz Henrique Pereira (UNIFRAN), Vera Lucia Rodella Abriata (UNIFRAN)

Resumo


Neste trabalho, analisamos, por meio de pressupostos teóricos da Semiótica francesa e da Sociossemiótica, os regimes de interação que se manifestam em cenas da novela autobiográfica Vermelho amargo (2011), de Bartolomeu Campos de Queirós. Observamos no nível do enunciado do texto, a presença dos quatro regimes de interação, propostos por Eric Landowski: acidente, ajustamento, manipulação e programação em cenas relacionadas à interação entre a mãe e seus filhos e entre a madrasta e seus enteados. Na primeira, prevalece o regime do ajustamento que antecede o regime do acidente instaurado pela morte precoce da mãe. Na segunda, os regimes da programação e da manipulação (por contágio), os quais permitem entender a configuração do estilo de vida opressor da madrasta. No nível da enunciação verificamos que o contágio promove um ajustamento sensível entre enunciador e enunciatário.

Palavras-chave


Regimes de interação e sentido; Contágio; Estesia; Vermelho amargo

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Referências


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ISSN: 1807-8591

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