A MÃO E A LUVA QUE LHE PUDESSE CABER
Resumo
Apoiados em pesquisa de caráter bibliográfico, no presente artigo, analisamos as representações de leitoras e de práticas de leituras femininas no romance A mão e a luva, de Machado de Assis, propondo refletir sobre a formação do leitorado oitocentista brasileiro. O narrador machadiano se utilizava de dispositivos que possibilitavam determinada aproximação aos leitores, ao mesmo tempo em que permitiam identificá-los com suas personagens e serviam como ferramentas para “educar” as leitoras. Igualmente enfocamos a relação entre a narrativa ficcional em estudo – um “romance de leitora”, marcado pela solução da “integração cômica” que se manifesta no enlace matrimonial da protagonista – e a função da “leitora implícita”, através das personagens Guiomar e Mrs. Oswald, as quais parecem viabilizar um processo sutil de identificação com as leitoras da época representada.
Palavras-chave
Leitora implícita; Machado de Assis; A mão e a luva. Práticas de leitura; Representação de leitoras
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ISSN: 1807-8591
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